Aqui em Redenção, me deparei com palavras e expressões que ou eu não conhecia ou a aplicação no sudeste era outra. Abaixo segue algumas “traduções”.
Vou agorinha: Expressa um desejo de quem diz falar que “está chegando”. Na prática significa que você tem que esperar a pessoa por tempo indeterminado. Pode-se comparar com o famoso “ é logo ali” do mineiro;
Chambari: Músculo bovino da pata (coxa ou canela) com osso. Prato bem comum em restaurantes e botecos populares, segundo o google é um prato típico da culinária de Tocantins, e no sul do Brasil e na Itália este corte é chamado de “ossobuco”, que significa osso com buraco. Aqui na cidade, custa menos de R$ 2,00 o quilo no supermercado;
Açafrão: Esta confusão é bem comum! Eu enquanto amante da Paeja espanhola, me surpreendi com a abundância na utilização da especiaria na culinária local. Pois eu conheço o açafrão como um tempero extraído de flores da planta de forma bem artesanal e de pouco rendimento ( o google falou que são necessárias cerca de 100 mil flores para a obtenção de 5kg da iguaria). E custa muito caro! Pois agora vai a explicação: aqui se cultiva o açafrão-da-terra, planta da família do gengibre (de formato parecido), que é a base do famoso curry ( por isso encontramos no Brasil paeja temperada com este condimento indiano) - que muda todo o sabor - mas também fica uma delícia! O açafrão-da-terra deve ser plantado longe da horta. Pois por ser um tubérculo, nasce em baixo da terra e atrapalha o desenvolvimento das raízes das demais hortaliças.
Frango (ou galinha) caipira: Objeto de desejo dos “ladrões de galinha” da região. Isso porque um frango normal limpo custa em entre R$ 6,00 e R$ 12,00 (depende do peso) enquanto um caipira entre R$ 17,00 e R$ 30,00. O fato é que os frangos denominados “caipiras” aqui na região possuem coloração amarela – tanto faz se comprados em feiras ou consumidos em restaurantes. Em Minas, a cor da carne do frango caipira não é tão diferente dos “de granja”. Fiquei encafifada com aquele amarelo... Após minuciosa pesquisa descobri que eles passam o tal açafrão - da - terra nestas aves. Até aqui tudo bem, contudo recebi uma denúncia séria: muita gente vende frango comum “amarelado” como um “caipira”. Diante da constatação decidi plantar o tal açafrão e banir de meus planos a criação de galinhas! Mesmo porque, a diferença só pode ser vista depois da ave na panela... Sem contar que iria fazer amizade com as coitadas e depois não conseguiria comê-las! Então compramos o frango ora caipira, ora de granja e quando dá vontade “taco” cor nele, e não desperto a atenção destes marginais (os ladrões de galinha)! Hehehehe
OBS.: Realmente eu tenho a mente gorda! A maioria das palavras que me lembrei pra postar aqui são relacionadas a comidas! Ô “mulé” gulosa!
Ei Raquel,
ResponderExcluirNo Espírito Santo também tem o tal açafrão-da-terra que você falou. É também conhecido como cúrcuma. Já comprei o tempero puríssimo e os tubérculos (que plantei em Domingos Martins) no mercado municipal de São Mateus-ES. Aproveito para lhe desafiar a postar informações sobre uma localidade chamada "Cacete Armado", bem perto de sua Redenção.
Abs.
Sazito
Assim serei obrigado a ir visitar vocês nesse cantinho do brasil pelo qual ainda não cruzei...
ResponderExcluir((( Como se não gostasse da ideia...hehehehe)