A procissão de Corpus Christi em Campo Grande aconteceu na Avenida 14 de Junho, importante artéria comercial da Capital de MS. Pequenos trechos do asfalto foram caprichosamente cobertos com tapetes de serragem, tampas de garrafa, areias coloridas e outros materiais. Cada trecho a cargo de comunidade, pastoral, grupo ou paróquia da comunidade católica sul mato-grossense.
Segundo o historiador Jacob Buckhardt (1818-1897), as procissões são tributárias dos cortejos imperiais de Roma da Antiguidade, inclusive com emprego de máscaras e do carrus navalis. Esse carro em forma de navio conduzia a estátua de Baco e as ânforas de vinho usadas no cortejo de Dionisos nas Antestérias atenienses. Procissões carregam, portanto, ao lado dos elementos devocionais cristãos (a cruz, as imagens e a presença dos eclesiásticos), reminiscências pagãs.
Na Itália do século XV, a procissão de Corpus Christi era ocasião para os maiores esforços, segundo o famoso historiador da Basiléia. Em seu livro “A cultura do Renascimento da Itália”, Buckhardt faz uma pomposa descrição dessa festa, realizada em Viterbo em 1462, sob os auspícios de Pio II (Enea Silvio Piccolomini):
“A procissão propriamente dita, partindo de uma tenda colossal e suntuosa diante de San Francesco e, pela rua principal, caminhando em direção à praça da catedral, era a parte menos importante da celebração. Os cardeais e prelados mais ricos haviam repartido entre si trechos do trajeto, cuidando não apenas de cobri-los com panos, para que se caminhasse à sombra, com panos, guirlandas etc., mas erigindo ainda, cada um deles um palco próprio, onde cenas históricas e alegóricas eram encenadas” (P. 367).
Segundo o historiador Jacob Buckhardt (1818-1897), as procissões são tributárias dos cortejos imperiais de Roma da Antiguidade, inclusive com emprego de máscaras e do carrus navalis. Esse carro em forma de navio conduzia a estátua de Baco e as ânforas de vinho usadas no cortejo de Dionisos nas Antestérias atenienses. Procissões carregam, portanto, ao lado dos elementos devocionais cristãos (a cruz, as imagens e a presença dos eclesiásticos), reminiscências pagãs.
Na Itália do século XV, a procissão de Corpus Christi era ocasião para os maiores esforços, segundo o famoso historiador da Basiléia. Em seu livro “A cultura do Renascimento da Itália”, Buckhardt faz uma pomposa descrição dessa festa, realizada em Viterbo em 1462, sob os auspícios de Pio II (Enea Silvio Piccolomini):
“A procissão propriamente dita, partindo de uma tenda colossal e suntuosa diante de San Francesco e, pela rua principal, caminhando em direção à praça da catedral, era a parte menos importante da celebração. Os cardeais e prelados mais ricos haviam repartido entre si trechos do trajeto, cuidando não apenas de cobri-los com panos, para que se caminhasse à sombra, com panos, guirlandas etc., mas erigindo ainda, cada um deles um palco próprio, onde cenas históricas e alegóricas eram encenadas” (P. 367).